“O esporte ajuda a liberar o estresse e melhora a concentração, a memória e o raciocínio”, afirma Marcio Atalla [CREF 082046-G/SP], professor de Educação Física com especialização em treinamento de alto rendimento.
Mas além dos já conhecidos benefícios de quem pratica atividades físicas, existem outros que proporcionam vantagens competitivas para as mulheres. Entre os principais estão a autoconfiança e a maior facilidade para cultivar uma rede de contatos.
Essa afirmação vem de um estudo da associação Women Athletes Business Network, organização de atletas, que entrevistou 400 executivas de vários países e constatou que 74% das praticantes de esporte atribuem, à atividade, a melhora nas competências de liderança e networking – um ganho importante, já que a pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indicou que as brasileiras são as que menos desenvolvem conexões profissionais.
A informação se confirma com o estudo Atividades físicas e esportivas e mulheres no Brasil, da professora Helena Altmann, da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Segundo a pesquisa, a prática de exercícios entre as mulheres é 40% inferior a dos homens.
Malu Weber, 48 anos, diretora de comunicação e relações públicas para a América Latina da Johnson & Johnson Medical Devices, já fez atletismo, handebol e tênis, e atualmente é adepta do surf. “Com o esporte, conquistei controle emocional, mais disciplina e coragem de enfrentar o novo”, diz. “Aprendo muito com o mar e trago as experiências que tenho na água para o mundo corporativo, como manter a calma mesmo quando um evento adverso me derruba.”
Grupos como o Magic Minas, de São Paulo, são criados para facilitar o acesso feminino aos esportes coletivos. Quando conheceu o grupo, em março do ano passado, a jornalista Elizângela Marques, 32 anos, estava desempregada. “Com os treinos, passei a ter mais autoconfiança”, conta. Elizângela acredita que os benefícios emocionais trazidos pela atividade foram relevantes para que, cinco meses depois, ela se recolocasse no mercado.
Fonte: Exame