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  • Foto do escritorComunicação CREF7

Transformando vidas com o Taekwondo



“Pode desistir de praticar Taekwondo”. Foi depois de receber essa avaliação médica que Kátia Gomes, atleta, pedagoga e profissional de Educação Física, decidiu revidar contra o “destino” que lhe foi apresentado. E para não ficar parada e alimentando uma derrota em sua vida, a atleta decidiu combater essa situação compartilhando seu conhecimento e técnica de luta.

Seu primeiro pupilo foi uma criança especial, filho da sua irmã. O trabalho chamou a atenção de pessoas próximas e atraiu mais um aluno especial. Ensinando e aprendendo com esses primeiros alunos, o projeto passou a sensibilizar mais pessoas.

Sem verba e recursos, mas cheia de vontade de continuar a fazer a diferença na vida dessas famílias, Kátia percebeu que sua auto-terapia estava caminhando para um projeto. A professora foi então procurada pela Associação dos portadores de Síndrome de DOWN (DF DOWN) logo após convidada pelo CR 4º Batalhão de Polícia Militar do Guará e por instituições voltadas para crianças, jovens e adultos especiais.

O projeto foi então formatado e batizado como “TaekwonDown” e passou a ter mais frequência e regularidade. O pequeno grupo inicial se transformou em turmas que, juntas, somam hoje mais de 40 alunos.

Um dos alunos desse projeto é a jovem Juliana Maria Ramos, 23 anos. Ela tem síndrome de down e durante as aulas é uma das mais ativas, seja realizando golpes ou ajudando os colegas. Juliana, desde cedo, recebeu estímulos por parte da sua mãe, fazendo dela uma jovem alegre e bem adaptada. A todo momento chamava a atenção da nossa reportagem para seu lado artístico: “sou atriz, você sabia? já atuei várias vezes” destacou ela. Sua mãe acompanha os treinos de perto e esbanja o orgulho ao dizer que a filha vai mudar de faixa.


Professora Kátia Gomes - foto: Fabio Lopes

Kátia realiza o projeto em 4 locais, nas segundas em um condomínio de Águas Claras, nas quartas-feiras ela usa um espaço na 505 sul, Academia Dojô de propriedade de um empresário chamado Carlos, nas sextas-feiras no 4º Batalhão da PM do Guará e nos sábados no DF Down.

Com a ajuda de alunos amigos e dos próprios pais em vários momentos, as aulas ficam mais dinâmicas e divertidas. E o resultado é percebido rapidamente. A aluna Gabriela tem dificuldade para pronunciar as palavras, mas do jeito especial dela os elogios e emoções são compartilhados de forma alegre e honesta. “Ela adora me chamar de gorda, mas faz isso apenas com quem ela gosta”, diz Kátia sobre a aluna. Gabriela, com poucos meses participando do projeto, surpreendeu seus pais com movimentos que eles não imaginavam que ela seria capaz de executar.

A evolução dos alunos é comprovada pelos que acompanham as aulas e mesmo aqueles que se encontram com a idade mais adulta, como os participantes da fundação Pestalozzi, também estão no grupo dos que surpreendem. Seja durante ou após o treino é perceptível a alegria e entusiasmo de todos.

O projeto TaekwonDown está completando quase 2 anos e a primeira troca de faixa é agora no dia 15 de dezembro, Kátia e seus alunos já fizeram apresentações em abertura de eventos importantes. A professora faz um agradecimento especial para a Sra. Edneia Freitas que faz a parte de arte digital, a senhora cadeirante que fez o logo da professora e a do Projeto, ao Sargento Giovanni do 4o Batalhão da PM, a presidente do DFDOWN Sra. Cleonice, aos seus pais e ao seu filho Gabriel.

Entretanto, sendo todo voluntário e com aulas gratuitas, o projeto precisa constantemente de apoio: “toda ajuda é bem-vinda” avisa a professora. Faltam materiais esportivos de uso dos alunos, em alguns locais o principal: o tatame, parceiros, novos locais e aquilo que o coração das pessoas “mostrar”.

Para entrar em contato e ser um parceiro do projeto Taekwondown, ligue 9931-01890 (Kátia Gomes). Seu carinho será muito bem recebido!



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